1 – DIREITO AO ERRO
Quem quer ser criativo tem, obrigatoriamente, que se permitir o erro. O que diferencia a ideia genial da absolutamente equivocada é, muitas vezes, um detalhe. O raciocínio lógico e de senso comum é menos fadado ao erro. O criativo arrisca mais, inventa, testa, ousa… com isso paga seu preço: erra bem mais. Fugir do óbvio leva a territórios mais perigosos mas também muito mais férteis.
2 – MUDAR A VISÃO DO PROBLEMA
Se quer ver o que ninguém viu, precisa olhar as coisas como ninguém ainda olhou. Mude a visão do problema !! Dê um passo pra trás e olhe tudo de longe, aperte os olhos, desfoque. Se coloque na visão de outras pessoas, brinque de resolver o problema em outros contextos, por exemplo: oque eu faria diante disso se eu fosse milionário?; e se eu não tivesse um centavo? ; e se ninguém estivesse vendo? Você vai ver como o cérebro irá traçar caminhos novos e pode surgir um conceito inédito a ser trabalhado.
3 – CONHECER OS CAMINHOS JÁ TRILHADOS
Não é fácil fugir do lugar comum se não conhecemos o lugar comum. Tentar ser criativo sem determinar o que já foi dito, pensado e sentido sobre o problema é perder tempo. Conhecer os trilhas já abertas ajuda a evita-las, busque criar atalhos, fundir conceitos, condensar. Estude o assunto, sob vários aspectos, pesquise, não menospreze tudo que já foi feito sobre ele antes. Conhecimento e visão são modalidade fundamentais para as pessoas altamente criativas. É, na verdade, o que diferencia os verdadeiros criadores daqueles que passam a vida reinventando a roda.
4 – DAR LIBERDADE AO CÉREBRO
O raciocínio criativo precisa do cérebro apto a alçar voos livres e complexos. O cérebro humano é fruto de genética, vivência e contexto. A genética é imutável, cada um nasce com um potencial criativo. Mas a vivencia e o contexto estão nas nossas mãos !! Alimente-se que experiências novas, diferentes, inusitadas. Conheça pessoas, culturas e artes em todas as suas formas. Seja uma esponja de soluções criativas. Liberte seu cérebro na hora de resolver o problema, pense na solução mas também a deixe brotar em contextos anedóticos. O cérebro inconsciente não pára de buscar soluções em momento algum. Saia do escritório, afrouxe a gravata, medite, corra na praia, aguarde a resposta olhando uma lagoa em um dia ensolarado, etc… . A resposta não tradicional surge, muitas vezes, em momentos não tradicionais. O repouso e o sono também são fontes criativas. Quem nunca dormiu pensando em um problema e acordou com a solução na cabeça? Friederich Kekulé, químico alemão, em 1865, sonhou com uma cobra tentando engolir o próprio rabo e, no dia seguinte, descreveu a estrutura do anel benzênico.
5 – ENTENDA E USE A INTUIÇÃO
Sexto sentido, intuição, o que tem de ciência nisso ? Tudo. O que chamamos de intuição é um tipo peculiar de raciocínio dissociado de linguagem. Surge um conceito meio pronto sem o rastro da lógica. Não dá pra argumentar, explicar, traçar a linha que justifica a conclusão. Ela aflora geralmente de divagações do hemisfério Direito (uma vez que a linguagem fica geralmente no hemisfério Esquerdo). Não a menospreze, nem dê a ela ares de magia e misticismo sem credibilidade. A intuição é função cerebral guiada por experiências nem sempre conscientes, por memórias impressas nas profundezas do nosso cérebro. Pessoas criativas exercitam, valorizam e expressão suas intuições. Dê vazão, com bom senso, a suas sensações pouco ancoradas na lógica e na razão.
Fonte: Neurologista Leandro Teles
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